Prefácio – Terre Indigène
(*) Marcos Terena
“A língua da Terra é a única capaz de ser compreendida por todos os povos que habitam esse universo de diversidades, seja humano ou ambiental.
Os Povos Indígenas que sempre mantiveram um relacionamento saudável, de equilíbrio e sustentabilidade ao longo do tempo, compreenderam e transmitiram de geração em geração não só o usufruto do potencial material de águas, matas e animais, como souberam criar um canal de compreensão dos valores espirituais e culturais em cada sintoma, como filhos da Terra.
A modernidade sempre talhada como um processo de desenvolvimento que não pode parar, com argumentos tecnológicos e científicos não consegue avançar na sua agressão sem que ocorra uma resposta imediata da Mãe de todos nós. Primeiro, como alerta, depois, como repreensão e finalmente como um grito de dor e de sobrevivência típico do amor maternal.
Por isso a voz indígena, tal como a voz da terra, agora retratada através da inspiração do criador das artes e dos fazedores de sentimentos, mostra que além da beleza plástica, há nos painéis uma mensagem de que o futuro precisa ser garantido às novas gerações como um bem comum onde todos, inclusive os animais, devem usufruir, como valor para o bem viver!”
dia 5 de JULHO de 2010, das 19h30 às 22h30, no MPI, Brasília - DF
O sarau consistirá em apresentações musicais e poéticas de diversos artístas brasilienses que se solidarizam com questões indígenas.
Ao final haverá uma rodada de cantos indígenas de diferentes etnias dirigida por estudiosos de "cantos de matrizes antigas" da Escola Vox Mundi de Yoga da Voz.